Até maio de 2022, 6.228.610 pessoas que moram no Rio Grande do Sul poderão receber uma dose de reforço da vacina contra a covid-19. Esse público possui mais de 18 anos e tomou os imunizantes da Pfizer, da AstraZeneca ou da Coronavac, em um esquema de duas doses, ao longo do ano.
O levantamento é do Ministério da Saúde – a pasta anunciou nesta terça-feira (16) que todos os adultos terão a imunidade reforçada com uma terceira dose, obedecendo um intervalo de cinco meses após a segunda aplicação.
Em novembro, 926,8 mil estão aptas para tomar a dose de reforço no Estado, segundo a pasta. Os dados do Ministério da Saúde costumam divergir dos divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Porém, apesar das recomendações nacionais, o início não será imediato: a SES afirma que há necessidade de fazer um levantamento da quantidade de vacinas disponíveis e que as cidades organizem o seu calendário para atender a todos os públicos.
Preferencialmente, o Ministério da Saúde recomenda que seja utilizada a vacina da Pfizer como reforço – a pasta encomendou um estudo junto à Universidade de Oxford que aponta que a combinação de vacinas diferentes aumenta significativamente a imunidade. Na falta de Pfizer, podem ser usadas também a AstraZeneca ou a Janssen.
A Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantan, está fora das negociações de a compra de mais vacinas contra a covid-19 e, por isso, não aparece como opção de dose de reforço nas orientações nacionais – majoritariamente, o Sistema Único de Saúde (SUS) deve trabalhar com Pfizer e AstraZeneca a partir de 2022.
Em relação à Janssen, a orientação é outra: quem tomou a vacina de dose única irá tomar uma segunda dose do mesmo laboratório, a partir de 60 dias após a primeira. Cinco meses depois da segunda dose, poderá tomar o reforço, utilizando qualquer vacina disponível.
O Rio Grande do Sul precisará de mais de 300 mil doses da Janssen para atender as pessoas que receberam o imunizante na metade do ano. O Estado deve receber um novo lote da vacina a partir de sexta-feira (19), ainda sem a quantidade confirmada pelo Ministério da Saúde.