Mesmo que o Ministério da Saúde tenha anunciado a ampliação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 a toda a população acima dos 18 anos, a medida não valerá de forma imediata. Isso porque tanto a Secretaria Estadual da Saúde (SES) quanto os municípios precisam se organizar e criar um calendário de vacinação. Além disso, é preciso fazer um levantamento de quantas doses de Pfizer – imunizante preferencial a ser usado na dose extra – há em cada secretaria de saúde. A segunda dose ainda é prioridade.
A terceira dose deve ser aplicada em um intervalo de cinco meses após a segunda dose de AstraZeneca, CoronaVac ou Pfizer. Quem recebeu Janssen, que até o momento era de dose única, precisa observar um intervalo de pelo menos 60 dias para fazer a segunda dose da própria Janssen e, partir dessa data, contar cinco meses para fazer a terceira dose.
Conforme a SES, neste momento, podem procurar a dose de reforço pessoas com 60 anos ou mais, profissionais da saúde e imunossuprimidos – para este grupo, o intervalo é de 28 dias. A nota técnica com esta nova conduta ainda foi publicada na tarde desta terça-feira.
Sobre a ampliação da terceira dose para pessoas com 18 anos ou mais, a SES afirmou, em nota, que aguarda as orientações oficiais e as doses necessárias "para planejarmos, junto com os municípios, os próximos passos e ações da campanha de vacinação no RS. A Secretaria da Saúde segue o que é estabelecido pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI)".
Já a Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre afirmou que irá seguir a recomendação do Ministério da Saúde: "Estamos nos organizando, vendo estoques e quantas pessoas aptas a tomar dose três. A partir desses dados, será possível fazer algum anúncio", afirmou a pasta em nota.