O Instituto Butantan irá pedir na próxima segunda-feira (8) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a aprovação de sua vacina contra a covid-19, a CoronaVac, em crianças e adolescentes entre três e 17 anos de idade.
O órgão está reunindo dados para enviar à agência, que negou o primeiro pedido, feito em 30 de julho, para que o imunizante pudesse ser usado nesta faixa etária. Na ocasião, a Anvisa afirmou que faltavam informações para comprovar a eficiência e a segurança da CoronaVac para esse grupo. O laboratório chinês Sinovac está ajudando na coleta de dados.
Segundo a Anvisa afirmou à Folha de S. Paulo, nos estudos entregues não havia informações sobre os resultados em subgrupos de faixas etárias: de 3 a 5 anos; de 6 a 11; e de 12 a 17.
No momento, apenas as vacinas da Pfizer estão autorizadas pela agencia reguladora a serem aplicadas em adolescentes de 12 a 17 anos. O Butantan recebeu no inicio do ano apenas a autorização de uso emergencial de sua vacina para maiores de 18 anos.
São Paulo também faz pedido
O governo de São Paulo enviou na quarta-feira (3) um ofício à Anvisa solicitando urgência na vacinação contra a covid-19 em crianças de cinco a 11 anos. Na noite de terça-feira (2), os Centros para a Prevenção e o Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos deram aval para utilização do imunizante Pfizer/BioNTech em crianças.
— O governo do Estado de São Paulo envia hoje (quarta-feira) ofício à Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, solicitando que autorize com urgência o início do processo de vacinação de crianças de cinco a 11 anos — informou o governador de São Paulo, João Doria. — Lembrando que países como Chile, Argentina e Colômbia já iniciaram a vacinação de crianças.
De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PEI), Regiane de Paula, representantes do governo de São Paulo e de outros Estados participaram de uma reunião na manhã desta quarta com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Na ocasião, foi observado que é "uma unanimidade de todos os Estados a necessidade de fazer a vacinação da população de cinco a 11 anos", que ainda não teve aprovação no Brasil.