A partir de novembro, o Hospital Regional, em Santa Maria, passará a realizar cirurgias de três especialidades: clínica geral, vascular e torácica. A capacidade será de até 55 procedimentos por mês. Em um primeiro momento, será atendida a demanda dos 33 municípios da Região Central, mas não é descartada a possibilidade de receber pacientes de outras áreas do Estado.
O Hospital Regional começou a ser idealizado em 2003, foi inaugurado em 2018, com o atendimento em ambulatórios. No ano passado, os primeiros leitos de internação foram abertos para receber pacientes com covid-19, inicialmente com leitos clínicos e, depois, também UTI.
Essa é outra novidade. Dos leitos clínicos habilitados atualmente, todos exclusivos para pacientes com covid, haverá um remanejamento. Vinte deles continuarão disponíveis apenas para pessoas com coronavírus. No entanto, 20 foram transformados em leitos de enfermaria para pós-cirurgia e 10 leitos de recuperação. Os 30 leitos de UTI continuam destinados a pacientes com covid.
Na solenidade de inauguração, nesta terça-feira (27), com a presença do governador Eduardo Leite e da secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, também foi anunciado que, no ano que vem, deverá haver atendimentos para as áreas de traumatologia, cardiologia e neurologia.
A abertura do bloco cirúrgico servirá para diminuir a demanda de cirurgias eletivas que ficaram reprimidas durante a pandemia. Neste período, o Hospital Regional atendeu cerca de 1,7 mil pacientes com covid-19.
Na passagem por Santa Maria, Leite anunciou que deverá ser lançado um edital para a contratação de uma empresa para realização de um projeto para duplicação da RS-287, conhecida como Faixa Nova de Camobi, principal rota do centro da cidade para a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e também para Porto Alegre.
— Estamos contratando o projeto para a duplicação. É uma obra complexa, que tem um custo mais elevado. A partir disso, vamos fazer a previsão de recurso no orçamento. Está sendo terminado o termo de referência para que possamos licitar e contratarmos, até o final do ano, o projeto. Após isso, haverá o período de apuração, algo que leve em torno de seis meses. Aí, com o projeto em mãos e o orçamento, o Estado passará a ver as condições de recursos do seu orçamento e a ser captados para realizar essa obra — explicou.