Enquanto alguns Estados registram falta de vacinas contra a covid-19 para a segunda dose, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, alegou que há excesso de imunizantes no Brasil. Queiroga culpa Estados e municípios por não seguirem as recomendações nacionais da campanha de vacinação, o que, segundo ele, causa prejuízo aos esquemas vacinais.
— Há excesso de vacina na realidade. O Brasil já distribuiu 260 milhões de doses de vacinas, 210 milhões já foram aplicadas, hoje nós já temos doses para vacinar todos os brasileiros acima de 18 anos com a primeira dose. Naturalmente há um anseio de avançar, por exemplo, nessa dose de reforço, ou terceira dose, naqueles indivíduos que são mais vulneráveis — disse o ministro.
E completou:
— Eu trabalho com o Programa Nacional de Imunizações. As recomendações técnicas devem seguir por todos os entes federados. Esse é o segredo para avançarmos.
As declarações foram dadas para jornalistas após evento no Aeroporto de Guarulhos (SP) que marcou o envio dos últimos lotes de vacinas covid-19 destinados para a primeira dose da população acima de 18 anos. Nessa remessa, o Rio Grande do Sul recebeu 60,8 mil doses da Pfizer.
Queiroga também negou que haja problemas com o abastecimento da vacina da AstraZeneca, fabricada no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Após um apagão na produção por conta da falta de matéria-prima chinesa, a Fiocruz entregou nesta terça-feira (14) um lote com 1,7 milhão de doses do imunizante. O RS receberá 121.250 doses nesta quinta-feira (16).
— Não tem problema de AstraZeneca. (...) Precisa acabar com essas narrativas de falta de vacina. Isso não é procedente, o Brasil vai muito bem. O Brasil já é dos países que mais vacinam no mundo — defendeu.