Das 2,9 mil doses de CoronaVac distribuídas ao Rio Grande do Sul em 27 de julho e que fazem parte dos lotes que tiveram uso suspenso pela Anvisa, pelo menos 1.340 foram aplicadas, de acordo com nota da Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgada nesta quarta-feira (8). Conforme a pasta, é possível que esse número sofra ajustes, conforme as cidades forem enviando mais informações.
O lote L202106038 de CoronaVac está entre os 25 já distribuídos ao Brasil e que foram envasados por um laboratório de Pequim sem autorização da Anvisa para participar da produção — o que motivou a interdição. No total, 12,1 milhões de doses do imunizante não tiveram a devida inspeção de envase e circulam no país. O Instituto Butantan, de São Paulo, responsável pela produção da vacina chinesa no Brasil e pela distribuição das doses que vêm prontas da China, constatou a irregularidade e comunicou a Anvisa na sexta-feira passada. Como medida cautelar, até que se regularize a situação, a agência reguladora brasileira determinou a interdição dessas doses.
De acordo com a SES, as 2,9 mil doses foram distribuídas em 28 de julho a quatro Coordenadorias Regionais de Saúde: a 2ª CRS, de Frederico Westphalen, que recebeu 480 doses; a 3ª CRS, de Pelotas, que recebeu 1.850 doses; a 7ª CRS, de Bagé, com 400 doses; e a 11ª CRS, de Erechim, com 170 doses.
Os municípios ainda estão fazendo o levantamento para avaliar quantas doses foram administradas à população, mas a CRS de Pelotas, que recebeu a maior quantidade, já fechou o balanço nesta quarta: 836 foram aplicadas em 20 dos 22 municípios da região..
De acordo com determinação da Anvisa, as vacinas que não foram usadas deverão ficar em quarentena até um novo posicionamento da agência, que decidiu, na segunda-feira (6), por manter a suspensão, até que o Butantan apresente nova documentação. A agência não descarta ir até Pequim fazer a fiscalização presencial da planta responsável pelo envase dessas 12,1 milhões de doses.
As unidades que já foram administradas serão registradas nos sistemas de informação e os usuários que tomaram essas injeções serão acompanhados durante 30 dias para avaliação de possíveis eventos adversos.