Depois de duas semanas sem repasse de vacinas contra a covid-19, a Fundação Oswaldo Cruz informou que a distribuição será normalizada a partir desta semana, com a entrega de uma nova remessa da AstraZeneca para o Ministério da Saúde. A interrupção aconteceu devido a um atraso na entrega do Ingrediente Farmacêutico Ativo, componente usado para fabricar a vacina. O composto é importado da China.
A quantidade que será disponibilizada a partir desta segunda-feira (13) não foi informada, mas a Fiocruz detalhou que as doses que compõem o novo lote foram produzidas com o IFA que chegou ao Brasil no final do mês passado.
No Rio Grande do Sul, na semana passada, municípios do Litoral Norte chegaram a interromper a aplicação da segunda dose por falta de AstraZeneca. Já a cidade de São Paulo inicia hoje a aplicação de Pfizer em quem precisaria completar esquema vacinal com o imunizante da Fiocruz.
Todo o processo, desde a chegada do insumo até a entrega da vacina, leva cerca de três semanas, incluindo o período de controle de qualidade dos imunizantes, última etapa antes da entrega ao Programa Nacional de Imunização. A Fundação informou que todas as doses relativas aos dois últimos lotes do insumo estão em processo de produção.
Em agosto, a Fiocruz entregou a menor quantidade de vacinas desde o começo da produção, em março. No mês passado, foram quase 11,5 milhões de doses, quase a metade do repasse em maio. O problema, ainda segundo a instituição, é a falta de matéria-prima. A Fiocruz afirma que permanece com a capacidade de produção maior do que a quantidade de IFA recebida. Por esta razão, tem buscado junto à farmacêutica e fornecedores acelerar o envio das remessas de forma a garantir entregas semanais ininterruptas.