Estudos recentes mostraram 90% de eficácia na prevenção de hospitalizações. Já no React-1, 40% dos casos positivos eram assintomáticos, e diversos outros tiveram sintomas leves. Esta é a primeira vez que a pesquisa avaliou a eficácia de imunizantes. A análise incluiu vacinas da AstraZeneca e da Pfizer, mas não dividiu os resultados por marca.
— A vacinação continua altamente eficaz contra a Delta — garantiu Paul Elliott, um dos líderes do projeto, em entrevista ao Financial Times.
De acordo com Tom Wingfield, palestrante clínico sênior na Escola de Medicina Tropical de Liverpool, as conclusões servem para lembrar que, mesmo com uma cobertura vacinal extremamente alta, é grande a probabilidade de uma nova onda de infecções no outono.
O estudo
O estudo React-1 é realizado desde abril de 2020 e oferece resultados mensais através de amostras aleatórias de pessoas na Inglaterra. A última pesquisa, realizada entre 24 de junho e 12 de julho, apontou que a prevalência da infecção (0,63%) era quatro vezes maior do que na anterior, de 20 de maio a 7 de junho. A disseminação começava a desacelerar no final do período de amostragem.
— A variante Delta constituía 100% da última amostra — disse Steven Riley, outro líder do estudo, ao Financial Times. — Não identificamos nenhuma das sublinhagens mais preocupantes da Delta.