Estudo desenvolvido na Coreia do Sul demonstra que pacientes infectados pela variante Delta do coronavírus, mais transmissível e identificada pela primeira vez na Índia, apresentam carga viral 300 vezes maior em comparação ao sars-cov-2 original na fase inicial dos sintomas da covid-19. As informações foram divulgadas pela Agência de Prevenção e Controle de Doenças da Coreia (KDCA) nesta terça-feira (24) e publicadas pelo jornal O Globo.
Essa diferença vai diminuindo com o transcorrer do tempo: cai para 30 vezes em quatro dias e para pouco mais de 10 vezes em nove dias. A partir do 10º dia, a capacidade de infecção tende a ficar a mesma em relação a outras variantes.
Ter carga viral maior, explicou o ministro da Saúde, Lee Sang-won, quer dizer que o vírus se espalha mais facilmente entre as pessoas, o que aumenta o número de doentes e pode, consequentemente, impactar nas taxas de hospitalização.
— Mas isso não significa que a Delta seja 300 vezes mais infecciosa. Estimamos que sua taxa de transmissão corresponda a 1,6 vez a taxa da variante Alfa e a cerca de duas vezes a versão original do vírus — acrescentou Lee.
O governo sul-coreano fez um apelo para que a população se submeta a testes para diagnóstico da doença tão logo comece a apresentar sintomas.
A rápida disseminação da variante Delta se tornou uma preocupação mundial. A Coreia do Sul registrou 1.509 novos casos de coronavírus na segunda-feira (23), aumentando o total para 239.287 infecções, com 2.228 mortes.
O país já vacinou 51,2% de seus 52 milhões de habitantes com ao menos uma dose da vacina contra a covid-19, enquanto que 23,9% estão completamente imunizados.