O mais recente boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que monitora o avanço de síndromes respiratórias graves no Brasil, divulgado na quarta-feira (4), sugere uma possível reversão na tendência de queda de casos em nível nacional. A análise destaca o risco de ampliação das contaminações em Estados como o Rio Grande do Sul e faz um alerta específico a capitais, que inclui Porto Alegre.
As síndromes incluídas no levantamento da Fiocruz podem ser provocadas por diferentes vírus, como o influenza (que causa a gripe), mas, em 2021, 96,5% das amostras testadas e com resultado positivo até o momento se referiam ao coronavírus.
O texto do documento informa que “tanto Porto Alegre quanto Rio Branco (no Acre) apresentam sinal forte de crescimento da tendência de longo prazo e sinal moderado na tendência de curto prazo”. A avaliação de longo prazo é feita com base nos registros de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) ao longo das seis semanas anteriores. Já a previsão de curto prazo leva em conta as notificações das três semanas mais recentes.
O boletim indica ainda que “no Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, e em Santa Catarina observa-se sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo, acompanhado de sinal de estabilidade na tendência de longo prazo”.
Os pesquisadores da Fiocruz avaliam que esse quadro deve manter o número de hospitalizações e de óbitos em “patamares elevados” em nível nacional, com risco de agravamento nas próximas semanas caso não sejam adotadas medidas de mitigação para conter a transmissão das doenças respiratórias.