O Rio Grande do Sul vem registrando, nos últimos dias, uma ligeira queda no número de pacientes com diagnóstico confirmado de coronavírus internados em leitos clínicos e de terapia intensiva (UTI).
A quantidade de doentes em UTI recuou 4% em uma semana e chegou a em 1.810 pessoas em estado crítico às 17h deste sábado (19) — menor registro desde 31 de maio, quando ficou nesse mesmo patamar. Ainda assim, a situação nos hospitais segue preocupante: a taxa geral de ocupação nos leitos de alta complexidade estava em 87%.
Essa cifra é impulsionada por regiões especialmente afetadas, como as de Cachoeira do Sul e de Caxias do Sul, onde há sobrecarga na rede. Municípios do entorno de Caxias, por exemplo, estavam com 102% de ocupação (o que exige o uso de espaços com algum grau de improviso), e na área de Cachoeira, 145%. Esse cenário é compensado, em parte, pela situação menos dramática em zonas como a de Porto Alegre, onde o índice estava em 78%.
A situação nas alas clínicas, que recebem pessoas em condição menos grave, era semelhante à variação média de todo o Estado. Os hospitais observaram uma redução de 7% na demanda até a tarde de sábado em comparação a uma semana antes. Às 17h, o site de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde (SES) apontava 2.477 pessoas em atendimento nesses setores.
Nas últimas semanas, conforme indicou reportagem de GZH publicada terça-feira (15), a pandemia vem demonstrando algumas características novas no Rio Grande do Sul. Aumentos recentes na notificação de casos positivos de covid não têm sido acompanhados por crescimentos na procura por internação. Uma das hipóteses é de que a vacinação esteja protegendo pessoas mais suscetíveis.
Como o Estado segue com altas taxas de transmissão da doença e hospitais ainda sobrecarregados, especialistas reforçam que o futuro da covid ainda é incerto entre os gaúchos, e pode haver nova sobrecarga na rede de atendimento se os cuidados preventivos necessários não forem adotados.