Mais uma opção de atendimento em saúde para os gaúchos, o Hospital Humaniza, do CCG Saúde, abre oficialmente suas portas na próxima segunda-feira (14). GZH foi até a instituição, em Porto Alegre, para conhecer a estrutura, que é voltada à rede de atendimento privada e de convênios. A projeção é de que até 2022, quando o hospital deverá estar em pleno funcionamento, estarão disponíveis 200 leitos clínicos e 16 de observação, 20 vagas de UTI e 10 salas de cirurgia.
O Humaniza é um hospital geral para pacientes adultos, com foco em quatro especialidades básicas: cardiologia, oncologia, doenças do aparelho digestivo e ortopedia/traumatologia. O início das operações está ocorrendo de forma gradual: alguns tratamentos e exames, como os de diagnóstico por imagem, já estão sendo realizados. Até o final de junho, o plano é ter em operação quatro salas cirúrgicas, 10 leitos de terapia intensiva e 80 leitos clínicos. A instituição ainda está em trâmites com a vigilância sanitária para a concessão de alvarás e licenças.
Uma das pacientes em atendimento nesta quarta-feira (9) era Maria Cristina Pereira Vieira, que veio de Rio Grande acompanhada do marido. Maria é uma das primeiras pacientes do hospital e, nos últimos três meses, tem recebido ali tratamento quimioterápico.
— Eu não tenho reclamações, é tudo de primeira. Costumo dizer que, se não fosse a minha doença, eu estaria no paraíso aqui. A princípio, minha última seção de quimioterapia será na próxima segunda-feira e, no próximo mês, a cirurgia. Estou louca para bater o sino do andar, comemorar o fim do tratamento — conta Maria Cristina.
Cerca de 200 funcionários já estão trabalhando na instituição, número que deve aumentar para 900 até 2022. Nos últimos 30 dias, equipes de enfermeiros, técnicos em enfermagem e funções administrativas têm passado por treinamento, com base na consultoria prestada pelo Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. Um dos pilares da formação dos funcionários é o tratamento humanizado dos doentes.
— O conceito é: o paciente vem na frente. Orientamos nosso pessoal a se colocar no lugar dos pacientes. É um atendimento humanizado, próximo e de atenção ao outro. Nossa operadora atende pessoas bastante simples, que muitas vezes não são tratadas como tem que ser. Neste hospital, nosso foco é confortar pessoas e atender de forma humanizada — afirma Mauro Medeiros Borges, médico e diretor executivo do CCG Saúde e do Hospital Humaniza.
O investimento inicial para a construção da casa de saúde foi de R$ 100 milhões, sendo cerca de R$ 57 milhões na obra e R$ 43 milhões na aquisição de equipamentos. Estão previstos mais R$ 200 milhões ao longo de 10 anos.
Pandemia
O planejamento inicial do CCG Saúde era inaugurar o hospital no final de 2020, mas houve atraso em função da pandemia e da paralisação das obras. Durante os meses mais críticos da pandemia na Capital, de acordo com Mauro, todos os respiradores da UTI da instituição foram emprestados a outros hospitais de Porto Alegre e da Região Metropolitana. Atualmente, os equipamentos já voltaram para o Humaniza, após passarem por manutenção. O diretor executivo da instituição afirma que o hospital está preparado para um possível aumento da demanda por atendimento de pacientes com covid-19.
— A gente está pronto para isso. O hospital possui sua própria usina de oxigênio, que nos dá independência. Temos também os nossos 20 leitos de UTI e, se precisarmos transformar alguma ala de internação em UTI, é possível — afirma Mauro.