O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quarta-feira (14), em pronunciamento no Palácio do Planalto, que a Pfizer vai antecipar a entrega de 15,5 milhões de vacinas ao Brasil entre abril e junho de 2021.
O contrato firmado com a farmacêutica norte-americana previa a entrega de 13,5 milhões de doses no segundo semestre – portanto, o acordo extracontratual prevê, na prática, a antecipação de 2 milhões de imunizantes. Deste total, 1 milhão chegam ao Brasil em abril. Mais 86,5 milhões serão entregues no segundo trimestre, de acordo com a negociação firmada com o governo brasileiro.
– Trago para o senhores uma boa notícia: a antecipação de doses da vacina da Pfizer, fruto de ação direta do presidente da República, Jair Bolsonaro, com o principal executivo da Pfizer, que resulta em 15,5 milhões da Pfizer já no mês de abril, maio e junho. Ou seja, conseguimos antecipar, no calendário anteriormente previsto, das 100 milhões de doses, 2 milhões de doses da vacina da Pfizer que vai fortalecer nosso calendário de vacinação – informou o ministro no Planalto após a segunda reunião do comitê para o enfrentamento da pandemia com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Essa vacina contra a covid tem registro definitivo no Brasil dado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porém, ainda não está sendo usada pela população devido ao atraso no fechamento do contrato com a Pfizer. Até junho, o Brasil vai receber também mais 842.400 doses desse imunizante contra a covid-19 por meio do consórcio da Organização Mundial da Saúde (OMS) Covax Facility.
No mesmo pronunciamento, diante da falta de medicamentos para intubação de pacientes, o ministro Queiroga afirmou que fez mais uma grande compra direta para recompor em 10 dias os estoques dos hospitais que estão sofrendo com a falta desses remédios no país.
O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (14) que 6,3 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus serão distribuídas para os Estados até sexta-feira (16). Serão 3,8 milhões dos imunizantes da Fiocruz (AstraZeneca/Oxford) e 2,5 milhões de CoronaVac, envazados pelo Butantan. Com esse repasse, segundo o Ministério da Saúde, o Brasil passará da marca de 50 milhões de doses distribuídas em três meses de campanha nacional de imunização.