A Dinamarca decidiu abandonar definitivamente a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca por seus "raros, mas graves" efeitos colaterais, anunciaram nesta quarta-feira (14) as autoridades de saúde, o que faz do país a primeira nação europeia a tomar a decisão.
Apesar das orientações da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) a favor do uso, "a campanha de vacinação na Dinamarca continuará sem a vacina da AstraZeneca", afirmou o diretor da Agência Nacional de Saúde, Søren Brostrøm, em uma entrevista coletiva.
As quase 150 mil pessoas que receberam uma dose desta vacina receberão outro fármaco para a segunda dose, segundo as autoridades.
A Dinamarca foi o primeiro país da Europa a suspender completamente o uso da vacina em 11 de março, depois de informações que descreveram casos excepcionais de coágulos sanguíneos, combinados com uma baixa contagem de plaquetas e sangramento.
Apesar de uma decisão favorável da EMA para seu uso, o país decidiu manter a suspensão, assim como a Noruega, optando por aprofundar sua investigação sobre a relação entre os poucos casos graves e a vacinação.
Apesar de ter confirmado a existência de casos graves de trombose, mas raros, a EMA considerou que os benefícios da vacina superam os riscos.
Muitos países europeus que suspenderam o uso da vacina retomaram a aplicação, na maioria dos casos com um limite de idade.
A África do Sul também desistiu do fármaco da AstraZeneca em fevereiro, pois sua eficácia foi questionada ante a variável que afetava o país.
Estados Unidos e Suíça, por exemplo, ainda não autorizaram a vacina do laboratório anglo-sueco.