A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) passou a produzir 900 mil doses diárias de vacina contra a covid-19, de acordo com comunicado divulgado na terça-feira (6) pela instituição. O número é o triplo do que estava sendo fabricado no início de março.
Até o dia 2 de maio, a Fiocruz prevê a entrega de 18,4 milhões de doses para distribuição pelo Ministério da Saúde aos Estados. O número, contudo, é inferior aos 30 milhões inicialmente previstos para o mês de abril — quando também era esperada uma produção de 1 milhão de doses por dia.
O recente acréscimo na fabricação se deu pelo início da operação de uma segunda linha de produção no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos).
Um novo acréscimo na produção é previsto com o início de um novo turno de trabalho, que fará com que a produção diária chegue a 1,2 milhão de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca. Não há data definida para que isso ocorra.
As entregas ao Programa Nacional de Imunização, coordenado pelo Ministério da Saúde, são feitas após o processo de controle de qualidade, procedimento que dura cerca de 20 dias e que é necessário para garantir a qualidade da vacina.
A Fiocruz diz que os rígidos protocolos podem alterar ocasionalmente as previsões semanais de entrega de doses. Na semana de 5 a 10 de abril, por exemplo, estava prevista a entrega de 3,2 milhões de doses, quantidade que foi reduzida para 2 milhões.
As doses não entregues estão sob análise e deverão ser encaminhadas nas próximas semanas, esclareceu a fundação.
"O cronograma de entregas pactuado com o Ministério da Saúde está seguindo um esquema semanal e está sujeito à logística de distribuição definido pela pasta, além dos protocolos de controle de qualidade. Bio-Manguinhos/Fiocruz não está enfrentando qualquer problema técnico ou operacional na fábrica. Todos os equipamentos funcionam corretamente e as equipes de fabricação da vacina Covid-19 já dominam os processos de produção", informou em comunicado.