O Ministério da Saúde informou neste sábado (17) que o consórcio Covax Facility, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), vai entregar em maio mais 4 milhões de doses de vacina Oxford/Astrazeneca contra a covid-19. A quantidade é menor do que havia previsto no mês passado o então ministro Eduardo Pazuello. Na ocasião, o governo federal projetava envio de 6,1 milhões de imunizantes da Covax ao Brasil em maio.
Em março, o Brasil recebeu o primeiro lote do consórcio, com pouco mais de 1 milhão de doses. As previsões para aquele mês também foram frustradas, já que havia expectativa de repasse de 2,9 milhões de vacinas do consórcio. O Brasil comprou, dentro da Covax Facility, 42,5 milhões de vacinas, a maior parte com previsão de entrega no segundo semestre deste ano.
A campanha de imunização contra a covid-19 está a passos lentos em boa parte dos países do mundo, já que há escassez de matéria-prima. Por enquanto, o Brasil não é autossuficiente na fabricação dos imunizantes porque ainda não consegue produzir o ingrediente farmacêutico ativo (IFA). Autoridades esperam que isso seja possível a partir de agosto, na planta de Bio-Manguinhos, na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
As únicas vacinas aplicadas na população brasileira hoje são a CoronaVac, com fórmula da Sinovac e distribuição pelo Instituto Butantan, e a de Oxford, feita e parceria com a AstraZeneca e distribuída pela Fiocruz. Tanto o Butantan quanto a Fiocruz dependem do IFA importado da China e da Índia para conseguir liberar, a conta-gotas, os imunizantes para os Estados.
Ao todo, 49,7 milhões de vacinas já foram distribuídas pelo governo federal aos Estados e 21,4 milhões de pessoas já receberam a primeira dose _ dessas, 7 milhões já receberam também a segunda etapa da imunização. A diferença entre as doses distribuídas e aplicadas se deve à reserva técnica de parte das vacinas par aplicação da segunda dose.