A Moderna anunciou nesta terça-feira (16) que iniciou a segunda fase dos estudos, de um total de três etapas, sobre o uso pediátrico de sua vacina contra a covid-19.
De acordo com a farmacêutica americana, as pesquisas avaliarão a segurança e a eficácia do imunizante em um total de 6.750 crianças com idades entre seis meses e 11 anos no Canadá e nos Estados Unidos. Os primeiros voluntários já foram receberam suas doses.
Na primeira parte do ensaio, os cientistas aplicam diferentes dosagens do produto nas crianças. Na segunda, serão administradas duas doses, da própria vacina ou de placebo, de maneira aleatória.
— Este estudo pediátrico nos ajudará a avaliar o potencial de segurança e imunogenicidade (capacidade de provocar reação imunológica do organismo) de nossa vacina candidata nesta importante população jovem — disse o presidente-executivo da Moderna, Stéphane Bancel.
Outros imunizantes também são testados na população mais jovem. Em fevereiro, a Universidade de Oxford anunciou a realização da testagem de um grupo de 300 voluntários entre seis e 17 anos para verificar se o imunizante, já em ampla utilização em adultos em diversos países, produz uma resposta adequada do sistema imune nessa faixa etária.
De acordo com Andrew Pollard, diretor do Grupo de Vacinas de Oxford, jovens podem se beneficiar da vacinação, ainda que essa parcela da população não esteja entre as mais fortemente afetadas pela infecção por coronavírus. A instituição britânica trabalha em parceria com o laboratório AstraZeneca.
A vacina de Oxford é uma das duas imunizações que vêm sendo aplicadas no Brasil atualmente. Especialistas consideram importante incluir crianças e adolescentes na campanha, atualmente restrita a maiores de 18 anos no país, para evitar que se transformem em uma espécie de repositório do vírus e o mantenham em circulação.