Enquanto hospitais de Porto Alegre anunciam uma série de restrições nos atendimentos, dado o agravamento dos índices da pandemia, boa parte das instituições da Região Metropolitana ainda não vê necessidade de implementar medidas parecidas.
Em Novo Hamburgo, a diretoria do Hospital Regina identificou aumento expressivo no número de atendimentos na Unidade Respiratória Integrada (URI), mas ainda não considera necessário modificar o modelo de atendimento. A equipe técnica da instituição afirma que está acompanhando o cenário e adotará novas medidas, se for preciso.
Também não há planos para novas restrições nos atendimentos do Instituto de Cardiologia Hospital Viamão, segundo informa o diretor médico João Almir Camargo Jorge. A UTI covid, que tem 15 leitos, está lotada, bem como os 22 leitos de enfermaria para tratamento de pacientes com a doença.
— Nos últimos três dias notamos aumento absurdo de atendimentos na tenda que recebe pacientes com síndrome gripal. Há outras cepas que podem estar chegando aqui e talvez estejamos sendo descuidados com medidas simples contra o coronavírus. De qualquer forma, restringir os atendimentos é a última atitude a ser tomada — afirma o diretor.
Em Esteio, a diretoria do Hospital São Camilo ainda não tem previsão para a adoção de medidas de restrição na unidade. Atualmente, os oito leitos de UTI destinados a pacientes com covid-19 estão ocupados. Na Emergência, cinco dos 11 leitos estão preenchidos e, na área de internação, 18 das 30 vagas.
Em São Leopoldo, o Hospital Centenário ainda não definiu restrições nos atendimentos. Na tarde desta sexta-feira (19), a UTI covid da instituição, com capacidade para 18 pacientes, registrava 14 leitos ocupados. Já na enfermaria covid, 14 dos 23 leitos estavam em uso.
Entre as unidades consultadas pela reportagem, o Hospital Nossa Senhora das Graças, em Canoas, foi a única instituição que anunciou a suspensão de cirurgias eletivas, por tempo indeterminado, a partir dessa sexta-feira, dado o agravamento da pandemia.