A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de medicamentos nos Estados Unidos, aprovou neste sábado (27) o uso emergencial de uma terceira vacina contra a covid-19 no país, informa o site do The New York Times. O imunizante produzido pela Janssen, braço farmacêutico da empresa Johnson & Johnson, junta-se aos da Pfizer/BioNtech e da Moderna para a campanha de vacinação no país. Sua aprovação era bastante aguardada por seu esquema de dose única.
Na quarta-feira (24), o coordenador de resposta da Casa Branca à pandemia, Jeff Zients, anunciou que o país teria entre 3 milhões e 4 milhões de doses iniciais do imunizante para distribuição aos Estados assim que a FDA aprovasse o uso emergencial. A farmacêutica solicitou no início deste mês à FDA a autorização para o uso emergencial do imunizante.
Em 29 de janeiro, a Janssen anunciou que sua vacina contra a covid-19 tem 66% de eficácia contra casos graves e moderados do novo coronavírus. O imunizante, que requer apenas uma dose, é 85% eficaz na prevenção de formas graves da doença, de acordo com um extenso ensaio clínico apresentado pela fabricante.
Já os dados regionais variaram bastante. Na América Latina, a taxa de eficácia ficou em 66%. Nos Estados Unidos, a taxa foi de 72% e na África do Sul, apenas 52%.
A vacina da Janssen tem estudos clínicos de fase 3 em realização no Brasil, com participação de centros de estudo do Rio Grande do Sul. Até o momento, não entrou com pedido de uso emergencial ou definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O Ministério da Saúde tenta negociar doses desde o ano passado, mas esbarrou em exigências contratuais da empresa.
Na quarta-feira (24), foi aprovado no Senado um projeto de lei que propõe que o poder público poderá se responsabilizar pelos efeitos da vacinação, conforme exigido pela Janssen e também pela Pfizer, que já tem registro definitivo aprovado no Brasil. A proposta segue agora para apreciação na Câmara dos Deputados.