A secretária da Saúde do Rio Grande do Sul, Arita Bergmann, estimou, nesta quinta-feira (28), que, se houver regularidade no repasse de vacinas por parte do governo federal, o Estado atinja a imunidade coletiva no final do ano de 2021. A imunidade coletiva – também chamada de imunidade de rebanho – é atingida quando parcela significativa da população tem anticorpos contra a doença, o que dificulta a circulação do vírus.
Ao ser questionada sobre qual a perspectiva de atingimento da imunidade coletiva em solo gaúcho, a chefe da Saúde lembrou que os cronogramas da vacinação dependem do repasse, por parte do governo federal, de vacinas aos Estado, e que o calendário inicialmente divulgado pelo Ministério da Saúde já está atrasado.
– Quanto ao atingimento das metas de vacinação, não temos ainda como precisar. Havia expectativa, se a Fiocruz tivesse 100 milhões de doses até junho, mais os 46 milhões de doses do Butantan, de que até junho pudéssemos vacinar ao menos os primeiros grupos do cronograma. Mas já sabemos que atrasou e o ano será desafiador. Se tivermos vacina com regularidade por parte do Ministério da Saúde, certamente no final do ano teremos já uma população do RS protegida – apontou Arita, durante coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (28).
A secretária também avaliou positivamente os números de vacinação no Estado, até o momento, diante das doses disponíveis. Até a tarde desta quinta, cerca de 42% das doses já distribuídas aos municípios foram aplicadas nos grupos prioritários.
O Estado recebeu, até aqui, três remessas de vacinas. A primeira leva continha 341 mil doses da CoronaVac, das quais metade foi distribuída aos municípios e a outra metade está armazenada com o governo do Estado para aplicação da necessária dose de reforço, em período entre duas e quatro semanas.
Depois, chegou uma segunda leva, com 116 mil da vacinas de Oxford. Nesse caso, todas as doses disponíveis foram repassadas aos municípios, pois a dose de reforço, também necessária, deve ser aplicada com um intervalo maior, de 12 semanas.
No início desta semana, chegou outra leva de CoronaVac. São 53 mil doses, mas essas ainda não foram distribuídas aos municípios, uma vez que o Estado está refazendo cálculos de grupos prioritários e utilizará a remessa para o que chamou de “correção de distorções”.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SES), na manhã desta sexta-feira (29), o cálculo de correção será apresentado a uma comissão e, tão logo seja aprovado, essa distribuição será iniciada.