O ministério da Saúde do Japão identificou uma nova variante do coronavírus em quatro pessoas que estiveram no Brasil. A informação foi divulgada no jornal Japan Times neste domingo (10).
Conforme a publicação, o ministério da Saúde informou que a cepa foi detectada durante quarentena no Aeroporto de Haneda, em Tóquio, quando os viajantes retornavam ao país, por meio de um exame detalhado pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIID, da sigla em inglês).
A mutação identificada no Japão é parcialmente semelhante às variantes relatadas no Reino Unido e na África do Sul. No entanto, ainda não há evidência de que essa nova variante seja mais transmissível.
Mutação no Brasil
Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo, em parceria com o Laboratório Nacional de Ciência da Computação (LNCC), descobriu uma nova variante do coronavírus em pacientes no Rio Grande do Sul.
Análises preliminares realizadas a partir de amostras coletadas no Estado no início de dezembro indicam a presença, na proteína S, da variante E484K – mesma mutação do coronavírus identificada no Rio de Janeiro no final de 2020. Essa variante também foi identificada na África do Sul e é diferente da mutação registrada no Reino Unido.
Ainda não é possível saber se as medidas de distanciamento social deverão ser mais rígidas por conta dessa nova cepa. Porém, os cientistas alertam que é mais um indício de que o vírus está em circulação e em constante processo de mutação. De acordo com os especialistas, a melhor estratégia para impedir novas mutações e deter o avanço da covid-19 é a vacinação em massa da população