Um dia após o Ministério da Saúde divulgar o grupo prioritário para receber a vacina contra o coronavírus, ainda em fase de pesquisa, o governo do Estado informou que está acompanhando o planejamento nacional e que aguarda mais informações a respeito dos quantitativos das doses a serem encaminhadas para o Rio Grande do Sul. Só após receber essas informações do governo federal é que divulgará quantas pessoas serão imunizadas.
Segundo o ministério, os primeiros a serem vacinados serão idosos acima de 75 anos, pessoas acima de 60 anos que vivem em asilos ou instituições psiquiátricas, profissionais da saúde e população indígena. Dados do IBGE e do Sindisaúde-RS mostram que esse grupo representa cerca de 778 mil gaúchos.
Em um segundo momento, conforme o plano nacional, serão vacinas pessoas de 60 a 74 anos. A terceira fase prevê a imunização de pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da covid-19 (doenças renais crônicas e cardiovasculares). A quarta e última deve abranger professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) ressalta a informação do ministério de que esse planejamento pode sofrer alterações até a aprovação de uma vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Só após o aval é que a rede pública iniciará a vacinação da população.
Segundo a SES, há um processo de compra dos insumos a serem usados para as campanhas de vacinação, como seringas e agulhas. “Estão em processo de aquisição novos equipamentos para a reestruturação das redes de frio nas três esferas: municipais, regionais e estadual. Essas redes são as responsáveis pelo processo de armazenagem, conservação, manipulação, distribuição e transporte dos imunobiológicos do Programa Nacional de Imunizações”, diz nota da SES.
Segundo o ministério, pelos estudos observados até agora, devido à alta demanda mundial por um imunizante, não haverá doses suficientes em 2021 para vacinar a totalidade da população. Parte dos especialistas sugere que, ao vacinar o grupo de risco, cerca de 109 milhões de pessoas, o Brasil terá uma imunidade de rebanho, o que traria um alívio para a rede pública de saúde.