A mesma pesquisa do Datafolha que avaliou a popularidade do presidente Jair Bolsonaro e que foi divulgada neste domingo (13) pelo jornal Folha de S.Paulo também perguntou aos entrevistados sobre a responsabilidade do chefe de Estado do Brasil a respeito da pandemia. Assim como em agosto, a maior parte dos entrevistados considera que Bolsonaro não tem culpa no total de mortos pelo coronavírus.
O percentual oscilou dentro da margem de erro: era 47% em agosto e fechou em 52% em dezembro. As outras respostas também oscilaram na margem de erro. Outros 38% consideraram que Bolsonaro é "um dos culpados, mas não o principal" (eram 41% em agosto) e 8% disseram que Bolsonaro é "o principal culpado" (eram 11% em agosto).
Ao mesmo tempo, a maioria dos entrevistados acredita que o Brasil não fez o necessário para evitar as mais de 180 mil mortes pela doença. Dos entrevistados, 53% responderam que "O país não fez o que era necessário para evitar esse número de mortes", enquanto 22% afirmaram que "Nada que o país fizesse evitaria esse número de mortes" e outros 22% disseram que o governo "Fez o que era necessário para tentar evitar esse número de mortes". Outros 4% não souberam responder.
A aprovação do Ministério da Saúde está em queda. Em abril, na gestão de Luiz Henrique Mandetta, a gestão da pasta chegou a 76% de aprovação, caindo para 35% em dezembro, no comando do general Eduardo Pazuello. O endosso à gestão dos governadores também caiu: era de 58% de aprovação em abril e caiu para 41% em dezembro, enquanto dos prefeitos era de 50% em março e caiu para 42% em dezembro.
A pesquisa Datafolha foi realizada via telefone celular com 2.016 brasileiros adultos que possuem celular (90% da população do país) entre 8 e 10 de dezembro em todas as regiões e Estados do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais.