Pouco antes das 9h desta terça-feira (29), a Argentina iniciou o processo de vacinação contra a covid-19 em todas as províncias. As primeiras 300 mil doses do imunizante russo Sputnik V serão destinadas a profissionais da saúde. A primeira a receber a vacina, segundo a Globo News, foi a enfermeira Juliana Torcuati, na cidade de La Plata.
Conforme o periódico Clarín, a vacinação começou cercada de expectativas e incertezas em relação ao imunizante, em razão de a vacina russa ainda não ter dados conclusivos dos estudos publicados em periódico científico.
Segundo o La Nación, o governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, foi um dos primeiros a tomar o imunizante no país. Apesar de não ser do grupo de profissionais da saúde, Kicillof o fez como forma de diminuir as dúvidas e questionamentos em relação à Sputnik V.
O vice-ministro de Saúde de Buenos Aires, Nicolás Kreplak, também foi imunizado na manhã desta terça-feira.
Na Capital, Buenos Aires, 37 hospitais vão administrar a Sputnik V – 17 públicos e 20 privados, afirma o Clarín.
Além da Sputnik V, o governo argentino autorizou o uso emergencial da vacina da Pfizer. Em um comunicado, a agência sanitária do país afirmou que o imunizante, aprovado para uso emergencial em diversas nações, tem um "risco-benefício aceitável". A permissão tem validade de um ano e só estará disponível para venda sob prescrição médica.
A Argentina já contabilizou mais de 42 mil mortos em decorrência da covid-19 e é o segundo país da América do Sul a iniciar o plano de vacinação contra a doença. O Chile foi o primeiro sul-americano a vacinar sua população. O processo começou na última quinta-feira (24), com o imunizante da Pfizer. Segundo o La Nación local, o Chile vacinou, até domingo, mais de 8,6 mil profissionais da saúde.