O diretor executivo do laboratório britânico AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou nesta quinta-feira (26) que será necessário ampliar o estudo da vacina contra o coronavírus, depois dos questionamentos levantados sobre o grau de proteção que pode oferecer contra a covid-19.
O laboratório admitiu na véspera que a dosagem que apresentou a maior eficácia (de 90%) foi ministrada por erro. Nunca se pretendeu testar um regime de uma dose e meia da vacina. O grupo que apresentou o melhor porcentual de eficácia era bem menor do que o outro e não teve a participação de idosos, o que poderia distorcer os resultados.
— Agora que encontramos o que parece ser uma maior eficácia, temos de validar essa descoberta — afirmou Pascal Soriot em entrevista à Bloomberg.
— Por isso necessitamos de um estudo adicional — completou.
Em entrevista ao New York Times, o executivo da AstraZeneca responsável por grande parte da pesquisa e desenvolvimento do laboratório, Menelas Pangalos, afirmou que a empresa está preparando uma nova análise clínica global, comparando os dois regimes (de uma dose e meia, e de duas doses).
O número de participantes não foi definido ainda, mas será na casa dos milhares.