O número de casos de zika no Rio Grande do Sul passaram de sete para 20 em três semanas. Conforme o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (SES), divulgado nesta quinta-feira (25), foram 13 novos diagnósticos positivos em 21 dias. Os dados levam em conta os resultados dos exames até 20 de junho. A zika é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo responsável pela dengue e febre chikungunya.
Do total de infectados, 19 contraíram a zika dentro do território gaúcho. Apenas um caso é considerado importado, quando a pessoa tem contato com a doença em outro estado. Todos os infectados autóctones são moradores de Santa Maria, na Região Central, e Três Passos, no Noroeste, sendo que Santa Maria concentra 15 dos casos confirmados.
De janeiro a junho deste ano, a SES recebeu 198 notificações de casos suspeitos. Destes, 143 foram descartados. Além dos casos confirmados, outros 35 seguem em investigação.
Nesta quarta-feira (24), pesquisados do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde, da Fiocruz Bahia, anunciaram que uma nova linhagem do vírus da zika está em circulação no Brasil. Por meio de uma ferramenta que monitora as sequências genéticas do vírus, os cientistas detectaram, pela primeira vez no país, um tipo africano dele, com potencial de originar uma nova epidemia. Entre os Estados com a presença dessa nova linhagem está o Rio Grande do Sul.
Em todo o ano de 2019, o Estado contabilizou sete casos confirmados de zika, sendo cinco autóctones. Na época, os municípios com casos da doença eram Sapucaia do Sul, Gravataí, Porto Alegre, Panambi, Gramado e Torres.