Em sua tradicional live das quintas-feiras, transmitida em sua página no Facebook, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar medidas de distanciamento social no país. Nesta quinta (18), o Brasil se aproximou da marca de 50 mil mortos devido à doença.
No momento em que os governos do RS e de Porto Alegre estão retomando medidas mais restritivas do distanciamento, na tentativa de frear o aumento no número de casos de coronavírus, o presidente voltou a defender a flexibilização das normas:
— O Brasil não aguenta mais o "fique em casa". A nossa querida OMS (Organização Mundial de Saúde) fica o tempo todo em um vai e vem, está deixando muito a desejar. Primeiro diz que a máscara protege, depois diz que não protege. A questão da hidroxicloroquina, não vamos mais sugerir, orientar, fazer pesquisas, depois volta atrás. Fala tanto em foco em ciência, com todo o respeito, o que menos tem de ciência é a OMS — afirmou.
Bolsonaro, assim como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estão entre os mandatários que mais defenderam o uso do medicamento, em contrariedade com o que era apontado pela organização e por especialistas.
Também nesta quinta, o Brasil chegou a 47.748 mortes pela doença, ao registrar 1.238 novos óbitos nas últimas 24 horas. No mesmo período, também foram incluídos outros 22.765 casos confirmados da doença, elevando o acumulado para 978.142, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Desse montante, 482.102 estão recuperados (49,3%). O balanço da pasta também aponta 3.982 mortes sob investigação.
Na live, Bolsonaro também comentou brevemente a prisão do policial militar aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho Flávio, afirmando que a ação foi "espetaculosa".
— Deixo bem claro que não sou advogado do Queiroz e não estou envolvido nesse processo. Mas o Queiroz não estava foragido e não havia nenhum mandado de prisão contra ele. E foi feita uma prisão espetaculosa. Parecia que estavam prendendo o maior bandido da face da terra — disse, completando que a Justiça deve seguir seu caminho.
— Da minha parte está encerrado o caso Queiroz — emendou.