O secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, afirmou, nesta terça-feira (26), que as medidas de proteção contra o coronavírus devem ser intensificadas na região sul em razão da sazonalidade dos vírus respiratórios. Segundo o secretário, essa sazonalidade ocorre nos Estados dessa região com a chegada das temperaturas mais baixas.
— As medidas de higiene, de etiqueta da tosse e de proteção devem ser enfatizadas, principalmente para as pessoas da residentes da região sul do Brasil, que vão passar por esse processo de sazonalidade histórica de vírus respiratórios. Por isso, precisam tomar mais cuidado para que não se exponham e não se infectem em relação ao coronavírus — disse em coletiva de imprensa.
Macário destacou que o impacto dessa sazonalidade deve colocar em alerta o poder público e a população para tentar frear o avanço da doença:
— A região Sul, a Sudeste, exceto São Paulo e Rio de Janeiro que já tem enfrentado isso, e a Centro-Oeste, precisam se preparar cada vez mais para o enfrentamento dessa situação, não só do ponto de vista dos gestores, mas também da população.
O secretário também destacou o processo de interiorização do coronavírus em todo o país, que também pode ser registrada no Rio Grande do Sul.
Imunidade de rebanho
Na mesma coletiva, Macário disse que a chamada “imunidade de rebanho” não é a melhor estratégia para tentar combater a doença no país. Essa tese ocorre no sentido de deixar o vírus circular mais entre a população, aumentando a chamada imunidade coletiva. O secretário deixou claro que não concorda com o entendimento de que 70% da população teria de ser infectada com a doença para ter êxito contra a crise sanitária.
— Considero que essa não é a melhor estratégia. Se você tem uma vacina, esse sim vai ser o alcance ideal, que a gente consiga vacinar 70%, 80%, 90% da população para que, com isso, essa população vacinada consiga proteger a população não vacinada.