Na visão do secretário da Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Erno Harzheim, quanto mais pessoas imunes estiverem circulando, mais protegido ficará o restante da população. O médico participou na manhã desta segunda-feira (20) do programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, para comentar a atuação conjunta entre a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e o Ibope, que farão 100 mil testes rápidos para mapear coronavírus no país.
Conforme Harzheim, o Brasil ainda enfrenta uma carência de testagem na população e isso explicaria a alta taxa de letalidade da covid-19.
— É importante ampliarmos a testagem de casos graves, e também muito importante testarmos quem possui sintomas leves para darmos a segurança de que a pessoa não está com covid-19 ou, dando positivo, que ela seja acompanhada de perto no final do período de isolamento de 14 dias. Essa é uma pessoa que vai estar imune — reforçou.
As testagem ocorrerá em três fases – cada uma separada por um período de duas semanas. Nessas etapas, a pasta pretende testar mais de 33 mil pessoas que responderão a um questionário. A primeira das etapas deve começar na semana que vem, assim que o Ibope adquirir os equipamentos de proteção para os 2,6 mil entrevistadores que farão o levantamento.
Na visão do secretário, o mapeamento feito pela ampliação dos testes permitirá ao ministério um melhor manejo da quantidade de informações sobre o coronavírus, e de como ele vem atuando por meio da população.
O médico se mostrou otimista, afirmando que a administração pública deve aprender e incorporar as estratégias que vêm sendo aplicadas como maneira de estarmos "melhor preparados" para outras pandemias.
Ainda no começo da entrevista, Harzheim afirmou que, após o período de transição que a pasta vem passando com a posse do novo ministro, ele não permanecerá no cargo.
Ouça a entrevista completa: