O Paraná registrou, em apenas uma semana, mais oito mortes causadas pela dengue, chegando a 57 óbitos no Estado desde agosto de 2019. Um boletim do governo divulgado na terça-feira (24) apontou que o número de registros da doença chegou a 76.655. São cerca de 1,5 mil casos a mais por dia no estado, apenas na última semana, sendo que o recorde total era de cerca de 56,3 mil, com 61 mortes, entre os anos de 2015 e 2016.
Em meio ao combate ao coronavírus, que no Paraná chegou a 70 registros nesta terça, o secretário da saúde, Beto Preto, pediu que a população não descuide dos focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.
— Neste momento em que a população está mais em casa por conta da prevenção ao coronavírus, reforçamos o pedido para uma verificação geral nos domicílios para eliminação de pontos que acumulem água parada — disse.
O boletim do governo revelou ainda que cerca de 40% dos 399 municípios do Estado estão em situação de epidemia de dengue — 15 deles entraram na lista na última semana. Outras 34 cidades estão em situação de alerta. Há notificação na quase totalidade de municípios.
No último final de semana, mesmo com as restrições impostas sobre aglomerações de pessoas por conta da expansão do coronavírus, um mutirão de limpeza com a ajuda de quase 600 pessoas foi promovido em 24 cidades do Paraná. A vistoria em 5.707 casas recolheu 13 caminhões de entulho.
Os arrastões para redução dos focos do mosquito têm gerado resultados, segundo o governo. Nos municípios de Nova Cantu, Florestópolis e Quinta do Sol, por exemplo, apresentaram queda na taxa de incidência de casos autóctones (contraídos localmente), apesar de ainda se encontrarem em estado de epidemia.
Já o município de Barbosa Ferraz, que registrou duas mortes por dengue na última semana, teve tendência de redução na taxa de casos locais — foram cerca de 6,5 mil por 100 mil habitantes na última semana de fevereiro e 2.135 agora.