A vida cultural na França vai desacelerar nos próximos dias com a decisão do governo de proibir aglomerações de mais de 100 pessoas por causa do coronavírus, forçando o Museu do Louvre, o Palácio de Versalhes e a Torre Eiffel a fechar.
– A ideia é garantir que possamos retardar a progressão e a circulação do vírus – disse o primeiro-ministro Edouard Philippe, acrescentando que a proibição se aplica imediatamente. – Obviamente, cem pessoas significam consequências importantes para teatros e cinemas – ponderou o chefe do governo.
Os pontos turísticos serão atingidos com força. O Louvre, em Paris, fechará nesta sexta-feira (13) às 18h "até nova ordem", segundo comunicado do museu mais visitado do mundo. Os visitantes que compraram ingressos on-line serão reembolsados.
Ao mesmo tempo, o Palácio de Versalhes aplicará a mesma medida, mas deixará seus jardins e o parque abertos.
O ministério da Cultura da França pediu nesta sexta-feira a todas as estruturas sob sua supervisão, incluindo museus e bibliotecas, que limitem as atividades ou fechem ao público.
A Torre Eiffel se juntou ao movimento, anunciando o fechamento hoje a partir das 21h. O organismo que opera o monumento disse que espera "poder reabrir muito em breve, quando a situação da saúde permitir".
Em toda a França, os cancelamentos de shows e festivais também se aceleraram nos últimos dias. As competições esportivas também estão paradas, como os campeonatos de futebol e de rúgbi.
Na quinta-feira, o presidente Emmanuel Macron pediu às pessoas com mais de 70 anos e aos mais vulneráveis que ficassem em casa. Também apelou a toda a população a limitar às saídas ao mínimo possível. Porém, o primeiro turno das eleições municipais, programado para domingo, foi mantido.
Com quase 3.000 casos e 61 mortes, de acordo com um último balanço publicado quinta-feira, a França é um dos principais centros de infecção do mundo.
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