Todas as igrejas da diocese de Roma, na Itália, permanecerão fechadas até 3 de abril anunciou nesta quinta-feira (12) o cardeal italiano Angelo De Donatis, bispo vigário de Roma. A medida tem como objetivo ajudar a interromper a pandemia do coronavírus.
"Até sexta-feira, 3 de abril de 2020, o acesso às igrejas" em Roma e, de "maneira geral, aos locais de culto permitidos ao público, ficam proibidos a todos os fiéis", disse o monsenhor De Donatis em comunicado à imprensa. "Lembramos que essa disposição foi adotada para o bem comum", acrescentou o prelado.
Embora as missas, assim como qualquer outra reunião de pessoas, já tenham sido proibidas, as igrejas permanecem abertas aos fiéis. Essa decisão é particularmente simbólica na Itália, onde a grande maioria da população se declara católica.
O coronavírus é motivo de preocupação para a Igreja italiana e também para o Vaticano, e o papa Francisco mencionou isso em várias ocasiões em suas missas. Na terça-feira (10), ele pediu aos padres "que tenham coragem de sair e visitar os doentes", "para acompanhar as equipes médicas e os voluntários".
O governo italiano incluiu missas, casamentos e funerais entre atividades proibidas. A Conferência Episcopal Italiana lamentou, por meio do seu site, que a medida é "fortemente restritiva, cuja aceitação implica sofrimento e dificuldades" para padres e fiéis. Desde então, o clero não fez nenhuma reserva sobre as novas medidas restritivas adotadas pelo governo italiano.
A Itália é o país da Europa mais afetado pela pandemia da covid-19, e ultrapassou mil mortes na quinta-feira, com um total de 1.016 mortes e 15 mil infectados.