O Exército brasileiro vai vetar, temporariamente, o aperto de mão, abraço ou beijo nos quartéis. Tudo em decorrência do coronavírus.
"O cumprimento característico da nossa profissão é a continência individual: no cenário atual de prevenção, não é necessário aperto de mão, abraço ou beijo", diz a minuta de uma orientação, que pode ser passada aos comandantes de organizações militares, quanto à prevenção e outras medidas relacionadas ao coronavírus.
O documento foi debatido na tarde desta terça-feira (17) em reunião do Alto-Comando, em Brasília, informa o Centro de Comunicação Social do Exército. A minuta, assinada pelo general José Luiz Dias Freitas (comandante de operações terrestres do Exército) orienta as lideranças militares a fazer prevenção do coronavírus por meio de uma triagem na frente de todos os quartéis, em uma barraca externa. Militares de equipes sanitárias, com máscaras e luvas, verificariam colegas que possam demonstrar sintomas de gripe.
A orientação é que os militares fiquem a um metro de distância um do outro, inclusive dentro dos refeitórios. É provável que essa medida implique em rodízio entre eles, com aumento do intervalo das refeições.
Em caso de suspeita da doença, os militares seriam relacionados e encaminhados para testes no serviço de saúde da própria guarnição. O Comando de Operações Terrestres deve ser comunicado de possíveis testes positivos. Caso a contaminação se confirme, autoridades sanitárias civis serão informadas, inclusive sobre a situação das famílias dos militares.
"O objetivo dessas orientações é evitar que o Exército não se transforme em um 'fator de propagação do vírus" no Brasil', conclui a minuta, que deve virar documento oficial na quarta-feira (18). A mesma orientação será replicada à Marinha e Aeronáutica.