Um dia após ter descumprido orientação do Ministério da Saúde para evitar aglomerações, o presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar a pandemia do coronavírus e disse nesta segunda-feira (16) que a crise mundial "não é isso tudo que dizem".
Na entrada do Palácio da Alvorada, onde parou para conversar com um grupo de eleitores, ele ficou distante dos apoiadores e evitou dar as mãos, apesar de não ter seguido essa recomendação no protesto de domingo (15).
O presidente afirmou ainda que a epidemia na China, considerado o epicentro da doença, está "praticamente acabando". O país asiático teve até agora 81 mil casos confirmados de coronavírus, com 3,2 mil mortos. No mundo, são 6.513 mortos até agora.
— Foi surpreendente o que aconteceu na rua (no domingo). Até com esse superdimensionamento. Tudo bem que vai ter problema. Vai ter. Quem é idoso e está com problema ou deficiência. Mas não é isso tudo que dizem. Até que na China já está praticamente acabando — afirmou.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, já há 200 casos confirmados. E a previsão é de que o número apresente um grande aumento nas próximas semanas, atingindo um pico no país.
Na entrada da residência oficial, o presidente chamou os veículos de imprensa de mentirosos e disse que nunca defendeu o fechamento do Legislativo ou do Judiciário. No protesto apoiado pelo presidente, havia cartazes e faixas contra os dois poderes.
No domingo, o presidente criticou o interesse do Congresso em controlar cerca de R$ 15 bilhões do orçamento 2020 e mandou os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a irem às ruas. Em entrevista à CNN Brasil, ele também chamou de "extremismo" e "histeria" medidas adotadas diante da pandemia do coronavírus.
Mapa do coronavírus
Acompanhe a evolução dos casos por meio da ferramenta criada pela Universidade Johns Hopkins:
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