O presidente Jair Bolsonaro apareceu vestindo uma máscara de proteção sobre o nariz e a boca nesta quinta-feira, durante mais uma edição da transmissão ao vivo que promove semanalmente no Facebook. Mais cedo, ele se submeteu a um exame para saber se contraiu coronavírus assim como o secretário de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten, diagnosticado com a doença. Ao lado de Bolsonaro, no vídeo, aparece Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde.
— Eu estou usando máscara porque, nessa viagem aos EUA, uma das pessoas que veio comigo no voo, quando desceu em São Paulo, foi fazer os exames habituais e deu positivo para coronavírus. Todo mundo que estava no voo, hoje, coletou material de todos nós, ainda não deu o resultado — afirmou o presidente.
Mas Bolsonaro deveria mesmo estar utilizando máscara?
O uso da máscara é indicado para quem tem os sintomas, profissionais da saúde, ou quem está cuidando de pessoas com os sintomas.
— Existe a recomendação de que sejam utilizadas máscaras pelo profissional de saúde, enquanto estiver no período de risco, e pacientes que apresentem sintomas, visto que a máscara é um meio de contenção da contaminação — explica Rafael Mialski, médico infectologista membro da Associação Paranaense de Infectologia.
Após algumas horas, as máscaras devem ser trocadas e descartadas com cuidado para evitar contaminação de outras pessoas que estejam próximas.
Mapa do coronavírus
Acompanhe a evolução dos casos por meio da ferramenta criada pela Universidade Johns Hopkins:
E qual a diferença entre as máscaras utilizadas por Mandetta e Bolsonaro?
Bolsonaro aparenta utilizar uma máscara cirúrgica, que promove proteção em apenas um sentido: retém as partículas emitidas por quem utiliza. Em geral, é utilizada para prevenir a propagação de resfriados e gripe.
Já Mandetta faz uso da máscara chamada N95 ou FFP2, capaz de garantir proteção em dois sentidos. Com filtro de ar para quem a utiliza, a máscara bloqueia pelo menos 95% das partículas em suspensão e é utilizada principalmente por profissionais de saúde.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), pessoas que não apresentam sintomas da doença ou que não tiveram contato com infectados só devem usar máscara se forem atender alguém com suspeita de contaminação pelo coronavírus. Quem esteve com pacientes suspeitos e apresentar sintomas como tosses e espirros deve utilizar máscara para evitar a propagação. Em situações como essa, é necessário procurar um serviço de saúde.
A OMS adverte que o uso das máscaras somente é eficaz se combinado com medidas de higiene, como a lavagem frequente das mãos com água e sabão, durante 20 segundos, ou a desinfecção com álcool gel. Também é necessário aprender como colocar e descartar os equipamentos.
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