A Coreia do Sul registrou nesta quinta-feira (20) a primeira morte em decorrência do coronavírus, e os casos de contágio chegam a mais de cem, quase metade em uma seita religiosa.
A vítima foi um homem de 60 anos, província de Gyeongsang do Norte. Ele foi testado e indicado como positivo para o coronavírus depois que morreu, na quarta-feira (19), com sintomas de pneumonia, disseram as autoridades. Segundo a agência Yonhap, ele estava hospitalizado havia mais de 20 anos.
O Centro Coreano de Controle e Prevenção de Doenças informou um total de 51 novas infecções, elevando para 104 o número de casos em todo país. Desses novos doentes, mais de 40 estão relacionados à igreja Shincheonji, ou Templo do Tabernáculo do Testemunho, em Daegu, uma entidade acusada de ser uma seita.
A origem da disseminação do patógeno entre os membros da seita é uma mulher de 61 anos que frequenta o centro e que, depois de apresentar febre no dia 10 de fevereiro, recusou-se duas vezes a passar no teste covid-19, dizendo que não tinha viajado para o exterior recentemente. Ela então participou de pelo menos quatro cerimônias religiosas na seita, antes de ser diagnosticada com o coronavírus. Até agora, pelo menos 47 outros membros da seita foram diagnosticados com o coronavírus.
O prefeito de Daegu – a quarta maior cidade sul-coreana, com 2,5 milhões de habitantes – estimulou a população a ficar em casa, e o comando de uma importante base americana na região restringiu o acesso ao local.