A China reforçou, no domingo (26), suas medidas e restrições para impedir a propagação da epidemia de pneumonia viral que já causou 80 mortes e 2.744 infecções. O balanço do governo chinês foi atualizado nesta segunda-feira (27) após 24 mortes registradas na província de Hubei e 769 novos casos confirmados no país.
Enquanto isso, os Estados Unidos e a França se preparam para evacuar seus cidadãos de Wuhan, epicentro da doença. Capital desta província, Wuhan tem 11 milhões de habitantes e está em quarentena desde quinta-feira, assim como grande parte de Hubei.
As autoridades de saúde chinesas disseram no domingo que esse novo coronavírus "não é tão potente" quanto o vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), a origem de uma epidemia mortal em 2002-2003, mas mais contagiosa.
Gui Xi'en, especialista em doenças infecciosas da Universidade Wuhan, disse que o número de infecções pode atingir um "pico" por volta de 8 de fevereiro, antes de diminuir. As férias pelo Ano Novo chinês, que deveriam terminar em 30 de janeiro, foram estendidas, sem data precisa, para "limitar a movimentação da população", informou a imprensa estatal.
O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou neste domingo que irá à China para avaliar com as autoridades como conter a epidemia.