Foi divulgado nesta terça-feira (19) que o prédio do Hospital Fêmina, em Porto Alegre, entrou na lista do Programa de Parceria de Investimentos (PPI). A ideia do governo federal é vender o prédio localizado na Rua Mostardeiro, no bairro Moinhos de Vento, e transferir as atividades para a área do Hospital Conceição, na zona norte de Porto Alegre.
O diretor superintendente do Grupo Hospitalar Conceição, André Cecchini, explicou, em entrevista ao Estúdio Gaúcha, como vai funcionar a permuta do prédio.
— Não se trata da venda pura e simples do hospital. Não vamos nos desfazer do nosso patrimônio sem oferecer algo melhor em troca. Quem assumir o prédio tem a obrigação de investir na transferência dos leitos e na construção de um novo hospital — comentou.
Para Cecchini, o Fêmina não está próximo, geograficamente, do público que precisa dos serviços do hospital.
— Do ponto de vista de saúde pública, a localização atual do hospital não tem mais a serventia. Talvez tenha tido no passado. Hoje, o hospital precisa ir para onde está o usuário, que é na periferia, na zona norte da cidade.
André Cecchini, entretanto, não detalhou, em números, quantas pessoas são atendidas no Fêmina e quais são os principais públicos.
Além disso, o diretor superintendente explica ainda que os custos para manter a estrutura do Fêmina fora do complexo do Grupo Hospital Conceição (GHC), na zona norte, são maiores.
— Temos um laboratório central localizado na sede do grupo. O custo da logística é muito grande. Por isso, contamos um "exército" de motoboys que ficam 24 horas na rua fazendo a ida e vinda de exames, por exemplo. Além disso, mantemos dois refeitórios. O transporte de insumos e remédios também estão nesses custos.
Cecchini comentou ainda que o novo hospital será maior que a atual estrutura do Fêmina. Ele ainda tranquilizou funcionários do hospital, que seriam transferidos para a nova estrutura.
— Temos projetado um prédio de 19 mil metros quadrados. O atual tem pouco mais de 12 mil metros quadrados. O novo prédio vai ser construído dentro das normas mais recentes de arquitetura e engenharia hospitalar. Será um hospital maior e melhor, sem prejuízo algum para a assistência à população — finalizou.