O governo indiano anunciou nesta quarta-feira (18) a proibição dos cigarros eletrônicos no país, onde vivem 1,3 bilhão de pessoas, por motivos de saúde e para combater vícios.
— A decisão foi tomada levando em consideração o impacto que os cigarros eletrônicos têm na juventude hoje — declarou a ministra das Finanças, Nirmala Sitharaman, em entrevista coletiva.
— Está na moda experimentá-los, usá-los — acrescentou.
A ordem do governo do primeiro-ministro Narendra Modi proíbe a produção, importação ou exportação, transporte, armazenamento e venda de cigarros eletrônicos.
Uma primeira infração será punida com um ano de prisão e/ou 100.000 rúpias (1.270 euros, US$ 1.400) de multa. Em caso de reincidência, será de até três anos e/ou multa de 500 mil rúpias (6,3 mil euros, US$ 6,9 mil). Essa medida "melhorará a política de controle do tabaco, dando melhores resultados em termos de saúde pública", diz o governo na conta do Twitter de seu serviço de imprensa.
A decisão indiana segue tendência que começou recentemente nos Estados Unidos. No final da semana passada, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), órgão do governo dos Estados Unidos, publicou um boletim especial sobre o "surto de doença pulmonar associada a e-cigarros", no qual pede que os usuários "considerem se abster" do produto e procurem um profissional de saúde imediatamente em caso de sintomas suspeitos. O governo dos Estados Unidos anunciou o plano de banir os sabores usados nos vaporizadores. A Associação Americana do Pulmão alertou que o produto não é seguro e pode causar estragos irreversíveis.