O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, garantiu que não faltará vacina para os públicos-alvo da campanha contra a gripe, que teve início nesta quarta-feira (10) em todo o Brasil. Foram distribuídas 63,7 milhões de vacinas, sendo que a meta de imunização é 58,6 milhões de pessoas. Segundo o ministro, os casos registrados este ano no Amazonas indicam que a doença deve vir com mais força este ano.
— A gente chama a atenção da população que se for a mesma cepa que circulou no Amazonas, a gente deve ter uma gripe muito agressiva neste inverno. Por isso trabalhamos para antecipar a campanha — disse o ministro, ao frisar que o início da vacinação foi antecipado em 10 dias.
Luiz Henrique Mandetta participou do lançamento da Campanha Nacional de Vacinação nesta quarta-feira, no posto Modelo, em Porto Alegre. Segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa morreu no Rio Grande do Sul por conta da gripe A em 2019. São seis casos confirmados de influenza no Estado e 23 ainda em investigação.
Até agora, 55 pessoas morreram devido ao vírus Influenza em todo o Brasil. Destas, 33 apenas no Amazonas. Por conta disso, a campanha de vacinação foi antecipada neste Estado. No resto do território nacional, as doses estão disponíveis nos postos de saúde a partir desta quarta-feira (10). Num primeiro momento, a prioridade são gestantes e crianças a partir dos seis meses e menores de seis anos. Depois do dia 22 de abril, os demais públicos-alvo serão contemplados. A campanha segue até o dia 31 de maio, sendo que o Dia D está marcado para 4 de maio.
Além das crianças, gestantes e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto), integram a lista de contemplados as pessoas acima dos 60 anos, trabalhadores da área da saúde, povos indígenas, professores, pessoas com doenças crônicas, encarcerados e funcionários do sistema prisional.
A meta do governo federal é imunizar 90% dos públicos-alvo. Em 2018, as gestantes e as crianças foram os únicos grupos que ficaram abaixo da meta, com 80,8% e 77,8% de cobertura, respectivamente.
— Nós precisamos entender que a vacina é um direito das crianças e um dever dos seus responsáveis. Não podemos deixar de perguntar se uma criança está com o Calendário de Vacinação em dia — enfatizou o ministro.