Uma empresária gaúcha que luta na Justiça para ter acesso a um medicamento para tratamento de câncer de pele, que ela alega não ter condições de pagar, foi considerada morta em sentença da 3ª Vara Federal de Santa Maria. O erro constou na decisão do juiz, publicada nesta semana. Carla de Melo Machado, porém, está viva e internada no hospital de São Pedro do Sul, na Região Central.
Consta na sentença que "diante da notícia do falecimento da autora, deve ser extinto o feito". Conforme a Justiça Federal no Rio Grande do Sul, houve um erro na publicação, pois a informação foi fotocopiada equivocadamente de outro processo. Uma nova versão do processo, já corrigida, foi publicada no mesmo dia, assegura a Justiça Federal.
Carla recorreu à Justiça porque cada dose do medicamento de que precisa custa R$ 17 mil, e eram necessárias ao menos três aplicações. Com a negativa na primeira instância, a família recorreu, mas novamente não teve sucesso.
De acordo com informações do G1, na primeira negativa da Justiça, a decisão dizia que "o benefício pretendido é discutível, não restando justificada sua indicação e a utilização de vultuosos recursos públicos, retirados da coletividade, para benefício de um só paciente."
Para conseguir recursos, a família criou uma vaquinha na internet. O valor pedido é de R$ 50 mil. Agora, um novo processo foi aberto na Justiça Estadual pedindo que o governo do Estado e o município de São Pedro do Sul arquem com o tratamento. Como o câncer avançou, a nova advogada que assumiu o caso, Mariane Braibante Pereira, pede que o medicamento seja fornecido a cada 21 dias, ao longo de seis meses.
— Outros casos semelhantes tiveram decisões favoráveis, estamos otimistas que uma sentença favorável seja concedida ainda hoje — afirmou Mariane a GaúchaZH nesta quinta-feira (28).