Em um bar com os amigos, em comemorações ou no churrasco de domingo, é bem provável que a bebida alcoólica esteja presente. Mas enquanto alguns bebem apenas em ocasiões especiais, outros exageram e o consomem excessivamente. Nesse último caso, segundo pesquisadores da Universidade Rutgers (EUA), além de uma ressaca no dia seguinte, pode ocorrer também uma alteração genética.
Em um estudo publicado no periódico Alcoholism: Clinical & Experimental Research, eles afirmam que o consumo excessivo do álcool pode alterar o DNA dessas pessoas, levando-as a querer beber ainda mais.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores observaram dois genes envolvidos no comportamento que leva ao consumo de bebida alcoólica: o PER2, que influencia o relógio do corpo, e o POMC, que regula o sistema de resposta ao estresse.
Ao comparar três grupos, incluindo pessoas que bebem muito, as que bebem compulsivamente e as que bebem de forma moderada, os responsáveis pelo estudo descobriram que os dois primeiros grupos apresentaram um processo de modificação genética influenciado pelo álcool, chamado de metilação, além de mostrar redução na expressão gênica, taxa na qual esses genes criam proteínas. As mudanças também causaram um aumento no consumo de álcool.
Com os novos resultados, os pesquisadores pretendem obter ajuda na criação de testes com biomarcadores (que são indicadores biológicos, baseados por exemplo em algumas proteínas ou em genes modificados) que possam prever o risco que cada pessoa tem de se tornar um consumidor excessivo de álcool.