Diagnosticada em 2015 com leucemia linfoide crônica (LLC), Susana Vieira, 76 anos, está com a doença estabilizada, de acordo com sua assessoria de imprensa. Anunciado ao público no começo de novembro, o câncer foi descoberto quando a atriz realizava exames pré-operatórios.
Bastante comum entre adultos, esse tipo de tumor sanguíneo provoca o crescimento desordenado dos glóbulos brancos, que atuam nas defesas do organismo.
— Elas se multiplicam e, em algumas pessoas, isso acaba atrapalhando o sistema imunológico. Os pacientes que apresentam sintomas têm anemia, infecções, sangramentos e ínguas pelo corpo. No entanto, nem todas recebem o diagnóstico em razão desses sinais — explica Marcelo Capra, hematologista do Instituto do Câncer do Hospital Mãe de Deus.
Aqueles que não têm indicativos da doença só podem descobri-la por meio de exames de rotina.
Por se tratar de doença crônica, sua evolução é lenta, ao contrário das leucemias agudas. Esse quadro também é mais comum em pessoas acima dos 50 anos — a leucemia aguda, além de se agravar mais rápido, é mais comum em crianças, conforme dados do Instituto do Câncer (Inca).
Quais são os riscos?
O maior risco da doença, destaca Capra, é a morte. Conforme o Inca, todos os tipos de leucemia foram responsáveis por mais de 6,8 mil mortes no país em 2015. Contudo, hoje em dia, os tratamentos são bastante eficientes no combate à doença e garantem uma boa expectativa de vida aos pacientes.
Como tratar?
O tratamento para essa doença é a quimioterapia, que, segundo Capra, evoluiu bastante, e não significa perda de cabelos e vômitos.
— São tratamentos inteligentes, que não são as quimios clássicas.
No entanto, um terço dos pacientes não precisa tratar a leucemia linfoide crônica.
— Nem todos serão tratados imediatamente. Por mais que as células aumentem, se elas não atrapalharem, a gente não trata. Mas é bom lembrar que cada caso é um caso. É preciso avaliar com o médico o quanto a doença traz de sintomas ou tem potencial de trazê-los — completa.