Usar filtro solar diariamente é uma das principais recomendações médicas para prevenir o câncer pele. O que um grupo de australianos descobriu, agora, foi a relação entre o uso desse produto na infância com o risco de desenvolver a doença na vida adulta. Publicado no periódico Jama Dermatology, o estudo considerou dados de quase 1,7 mil pessoas.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores consideraram autorrelatos e relatos dos pais sobre exposição ao sol e uso de filtro solar durante a infância e a vida adulta. Como conclusão do levantamento, os pesquisadores descobriram que usar o produto na infância reduz em 40% o risco de desenvolver melanoma na comparação com aqueles que raramente o utilizam.
— Nosso estudo mostra que o filtro solar na infância e na vida adulta foi protetor contra o melanoma em pessoas jovens, entre 18 e 40 anos, com risco reduzido entre 35% e 40% em relação àqueles que não usavam com frequência — disse, ao site da universidade, Anne Cust, uma das líderes do estudo.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são estimados para este ano 5,71 casos de melanoma a cada 100 mil homens no Rio Grande do Sul. Entre as mulheres, a estimativa é de 4,74 a cada 100 mil.
Vale lembrar que as indicações médicas para exposição solar para crianças com menos de seis meses são: dar preferência aos horários em que o sol não esteja forte e não usar produto algum, pois a pele dos bebês é sensível e acaba absorvendo os cremes. Dos seis meses aos dois anos, recomenda-se uso de filtros físicos – aqueles que agem como uma barreira,apenas refletindo os raios. Geralmente, eles têm a indicação “baby” no rótulo. Entre dois e 12 anos, pode-se aplicar os filtros infantis, normalmente uma mistura do físico e do químico.