Para colaborar na explicação sobre o que está causando o surto de toxoplasmose em Santa Maria, um laboratório da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) criou um aplicativo com georreferenciamento e questionário para pacientes confirmados com a doença. Na prática, a facilidade do aplicativo é cadastrar, diretamente no sistema, as respostas de cerca de 300 perguntas em vez de respondê-las em papéis e, somente depois disso, colocar as informações online.
Conforme o professor do Laboratório de Geomática da UFSM, responsável pelo app, Enio Giotto, a parte de georreferenciamento é a mais fácil, pois todo smartphone tem GPS. A partir disso, já é possível especificar exatamente o local de moradia do paciente – e não apenas o bairro.
Enio afirma que, com o conhecimento prévio que o laboratório já tem na criação de apps, foi possível criar o sistema para auxiliar a mapear os casos.
O app é chamado C7 Saúde Pública – Sistema de Notificação e Investigação de Toxoplasmose (SP-NIT). Ele começou a ser desenvolvido há cerca de duas semanas. Até agora, mais de 60 pessoas já passaram pela primeira parte, o georreferenciamento.
O professor afirma que novos pacientes passarão pelo sistema logo que sejam confirmados novos casos, e a previsão é de que a Secretaria Estadual de Saúde divulgue o balanço na tarde desta sexta-feira (4). Até agora, já são 105 casos confirmados.