Como uma forma de tranquilizar a população, a prefeitura de Santa Maria afirma ter comprado 6,2 mil medicamentos – entre antibióticos e antivirais – para assegurar o tratamento a quem que tenha sido diagnosticado com toxoplasmose. Ao custo de R$ 30 mil, a compra, segundo a administração municipal, garantiria um atendimento médico por três meses. Entre os medicamentos está a Espiramicina, que é específica para gestantes.
Desde que o surto veio à tona, ainda na semana passada, 21 casos foram confirmados. Ao todo, 156 situações foram notificadas. Deste número, 135 aguardam o resultado do exame de contraprova.
No fim da manhã desta terça-feira (24), o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) cumpre agenda em Brasília. O primeiro compromisso é com o deputado federal Osmar Terra (PMDB), que é aliado político do prefeito e estava até o começo deste mês no Ministério do Desenvolvimento Social. No começo da tarde, Pozzobom estará reunido com o ministro da Saúde, Gilberto Ochi.
O objetivo do prefeito é obter uma garantia do governo federal quanto à liberação de recursos a médio e longo prazo para a compra de medicamentos. A ideia é ter uma reserva permanente no caixa da prefeitura até que a situação seja controlada, conforme a prefeitura informou a GaúchaZH.
Garantia de exames
Na última segunda-feira (23), o prefeito pediu que o governo do Estado amplie a capacidade de diagnósticos da rede pública de saúde do município. O objetivo é fazer com que os laboratórios particulares, que prestam serviços à prefeitura, deem maior agilidade aos casos com suspeita de toxoplasmose.
Atualmente, há 11 laboratórios particulares conveniados com a Secretaria Estadual de Saúde e que prestam serviços à prefeitura. Esses laboratórios prestam serviços nas unidades básicas de saúde (UBS) e nos Pronto-Atendimentos (PAs) do Patronato e da Tancredo Neves.
Nesses laboratórios são realizadas as primeiras coletas e, posteriormente, a testagem para certificar quanto à confirmação para toxoplasmose. Na sequência, esses exames são enviados para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-RS), em Porto Alegre, para a realização de uma contraprova e que comprove a positividade ou não para a doença.
No fim da tarde da última segunda, técnicos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde recolheram amostras de água na Estação de Tratamento da Corsan. O material, agora, será analisado pelo Laboratório da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
Também na tarde desta terça é aguardado um novo boletim da Secretaria Estadual de Saúde quanto à verificação ou não de novos casos da doença no município.