Quatro municípios gaúchos já registraram acidentes com picadas de escorpião amarelo em 2018. Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES) aponta que houve picadas nos municípios de Pelotas e Mariana Pimentel, na região Sul, Cerro Largo, nas Missões, e Horizontina, no Noroeste. Todos os casos foram no mês de março. Apesar de o escorpião ter sido visto em bairros da Capital, não houve acidentes neste ano. Não há registro de nenhum morte decorrente de picada pelo animal no Estado.
No total, são 95 registros de aparições do artrópode desde 2013 no Estado, conforme levantamento pedido por GaúchaZH. Ao todo, 44 municípios tiveram registros de picadas por escorpião amarelo desde então. O ano com o maior número de acidentes foi em 2015, quando 10 pessoas precisaram de atendimento em Porto Alegre, somando, no total, 36 casos no Estado. Foram registrados 17 casos em 2017, 18 em 2016 e 10 casos nos anos de 2013 e 2014.
No fim do ano de 2016, o Ministério da Saúde, juntamente com a Vigilância Ambiental da SES, realizou uma capacitação para representantes das coordenadorias regionais de Saúde e prefeituras para que fosse implantado o trabalho de Controle e Vigilância do escorpião amarelo no Rio Grande do Sul.
Porto Alegre é o município com o maior número de casos nos últimos cinco anos, com 23 registro de picadas desde 2013. Quatro pontos são considerados infestados: Quinta do Portal (bairro Lomba do Pinheiro), Rua Senhor dos Passos e arredores (Centro Histórico), Rua João de Magalhães, nas proximidades da Assis Brasil (Passo D'Areia), e região da Ceasa (bairro Anchieta).
O escorpião amarelo é altamente venenoso e seu veneno pode ser fatal, principalmente em crianças. Em caso de picadas, a orientação é procurar atendimento médico (em Porto Alegre, o Hospital de Pronto Socorro), contatar a Vigilância em Saúde e tentar matar o escorpião – sempre com um calçado fechado para evitar a picada.
Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, cada uma das 19 Coordenadorias Regionais de Saíde possui um hospital de referência que centraliza o soro antiescorpiônico - havendo um acidente, o paciente é encaminhado para o hospital, ou o soro é levado até o município do paciente. O Centro de Informações Toxicológicas (CIT) atende 24h pelo telefone 0800-721-3000 e pode ser acionado tanto por profissionais de saúde quanto pela população em geral.
Os inseticidas não são eficazes no combate, embora existam empresas de controle de pragas que fazem este trabalho. O animal se reproduz sem necessidade de acasalamento, o que facilita o aparecimento e proliferação. O escorpião amarelo gosta de lugares úmidos, escuros e onde haja baratas, que servem como alimentos – por isso, é importante que as casas sejam mantidas limpas.