Bento espera receber segunda recursos da União para resolver greve na saúde

A Secretaria da Saúde de Bento Gonçalves espera receber, na próxima segunda-feira, recursos da União que possibilitariam regularizar o pagamento de funcionários terceirizados da área no município. De acordo com Ênio de Paris, no entanto, a transferência não está garantida. O secretário também disse que o município vai manter as conversas com a Fundação Araucária, que presta serviço para o município, para tentar solucionar o impasse.

Os funcionários terceirizados que atuam na UPA e nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Bento Gonçalves entraram em greve na manhã desta sexta-feira (9). O motivo é o não pagamento dos salários do mês de novembro. A greve é restrita aos técnicos em enfermagem, motoristas, higienizadores e recepcionistas que representam 150 dos 350 funcionários da saúde contratados pela Fundação Araucária.

Na manhã desta sexta (9), a reportagem da Gaúcha Serra esteve na UPA de Bento. Os pacientes com quem a reportagem conversou não relataram demora no atendimento. A Fundação Araucária afirma que não tem dinheiro em caixa para pagar os salários de novembro.

De acordo com o diretor-administrativo da filial de Bento, Lídio Bassano, os salários referentes a outubro foram parcelados. Ele afirma ainda que a fundação fez um empréstimo para quitar a folha do mês anterior. O secretário de Saúde de Bento, Enio De Paris, confirma que a prefeitura não repassou os valores à fundação nos últimos dois meses, um valor total de R$ 4,6 milhões.

O motivo, conforme o secretário, é o atraso em repasses do Estado e da União. São R$ 6,5 milhões do Estado e mais R$ 1,07 milhão da União. Segundo De Paris, o município já tem ajuizada uma ação contra o Estado para recebeu R$ 3,5 milhões. Nos próximos dias, a prefeitura entraram com outra ação para receber o valor restante.

Ele afirma ainda se o dinheiro do Estado não chegar ao longo da semana que vem, o município utilizará recursos próprios para diminuir o déficit com a fundação, mas não tem condições de quitar sem os repasses do Estado e da União. Os problemas com salários dos terceirizados já duram um ano.