Após três dias de vistoria, o Ministério Público do Trabalho (MPT) entregou à direção do Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, uma notificação com 44 aspectos que deverão ser corrigidos para garantir a segurança dos empregados. O órgão deu prazos de até 90 dias para que a instituição atenda às recomendações. Será instaurado um inquérito civil para acompanhar o cumprimento das correções.
A vistoria identificou, entre outras falhas, ausência de análise ergonômica dos postos de trabalho e exposição a riscos de contaminação e queimadura em algumas funções.
A força-tarefa que vai visitar outros hospitais do Estado verificou problemas em programas de prevenção de riscos e calculou que o hospital perdeu R$ 8 milhões no ano passado com o afastamento de trabalhadores por motivo de doença. De acordo com o MPT, o investimento em prevenção custaria 10% desse valor.
O órgão também vai analisar uma denúncia de situações de assedio moral, como o uso indevido de câmeras de vigilância, que podem ser acessadas pelo setor de Recursos Humanos.
O Hospital Mãe de Deus deve se manifestar por meio de nota sobre a vistoria.