A entidade que representa os hospitais privados no Rio Grande do Sul não garante o cumprimento da resolução que prevê o atendimento nas emergências em até duas horas para todos os casos. As regras do Conselho Federal de Medicina (CFM) foram divulgadas ontem e valem para serviços hospitalares de urgência e emergência, públicos e privados.
A Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul) diz que as instituições já cumprem as resoluções, no que diz respeito a casos de urgência. No entanto, o presidente da entidade, Cláudio José Allgayer, evita falar a situação de pacientes classificados com menor grau de risco.
"Em função da precariedade da rede pública, os pacientes (de menor gravidade) acabam se direcionando às nossas emergências. Mas não são clientes para os quais as nossas emergências foram construídas e se propõe a atender, que são os casos graves. Esses pacientes, portanto, acabam esperando um pouco mais", afirma Cláudio José Allgayer.
Conforme as resoluções, os serviços de urgência, emergência e pronto atendimento devem realizar a classificação de risco de forma imediata, no ingresso do paciente. Pelas novas regras, o limite de tempo de permanência dos pacientes nas urgências e emergências é até 24 horas. Após esse prazo, a pessoa que recebe assistência deverá ter alta, ser internado ou transferido.